segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Poemas e livros

Quando vim morar em Porto Alegre, há quase 20 anos, ficava encantada com as novidades - sobretudo na área cultural. Eu vinha de Pelotas, uma cidade que já teve uma vida cultural muito rica, mas  - na época em que eu estava lá - cultura era só no meio universitário e olhe lá. De modo que vir a PoA era ir a salas de cinemas novas, shows bacanas, palestras, encontros literários (meu deus, como a gente tinha tempo para frequentar tudo isso...).
Lembro da primeira vez que vi os poemas nos ônibus: que ideia bárbara!! Nunca esqueci o haicai do Silvestrin: Velhinha na janela / Todo mundo que passa / É visita pra ela. E os poemas continuam até hoje, já fazem parte do layout dos ônibus. E agora alguém teve outra ideia maravilhosa: as estantes de livros nas paradas de ônibus! Fiquei sabendo que houve depredação de uma dessas estantes - e justamente na Cidade Baixa, bairro que já foi frequentado por gente bem educada, politizada, do bem.
É maravilhosa a ideia das estantes nas ruas, mas é triste essa sensação de "não vai dar certo...". Vamos ver.

Um comentário:

  1. Passei pelas 5 estantes, em nenhuma há mais livros.
    Em todas há latas, pichações, entre outros lixos e manifestações de vandalismo.
    Fui com 2 livros para deixar, voltei com eles. Antes entregar em uma biblioteca ou manter em minha estante para quem quiser ler, do que deixar lá para virar lixo, entupindo boeiro!
    Triste, não deu certo.

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