quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Kriptonita

É fato: todo super-herói tem seu ponto fraco - desde Aquiles e seu calcanhar até as Meninas Superpoderosas. Eu quero tratar de um caso  em especial: sempre achei curioso que o Super-Homem fosse vulnerável justamente a um elemento do seu próprio planeta, a kriptonita.
Ok, quando eu lia gibis da Liga da Jutiça, nos anos 70, aprendi que o planeta do rapaz explodiu devido à radiação desse elemento, e só o o filho de Jorel se salvou porque foi enviado numa nave à Terra - o bebê seria o Super-Homem.  Mas  a explicação da kriptonita e seus efeitos sobre o SH, não sei bem,  nunca me convenceu muito; enfim, eu continuava achando estranha essa relação planeta natal/fragilidade, até que, há pouco tempo, lendo um texto sobre psicologia e relações familiares, o tema surgiu. O autor, cujo nome não recordo agora, usava justamente a expressão "metáfora da kriptonita" para dizer que muitos indivíduos, habitualmente seguros e autoconfiantes, desmoronam emocionalmentte quando encontram ... sua família. Uma das razões por que gosto de psicologia é que ela nos libera da culpa (a maior praga que a cultura judaico-cristã nos deixou). Quem é que  diz - sem o respaldo dos estudiosos da psiqué  e sem culpa - que quase sucumbe após um almoço de família?  Que toma um porre (ou um calmante ou vai meditar, dependendo do estilo) depois de um encontro com pais, irmãos, cunhados, sobrinhos...? Pois eu só dizia para minha terapeuta - e  com culpa! É bom saber que podemos amar, mas mantermos uma certa distância pelo bem de todos!
Depois dessa leitura (ok, vou procurar o livro e citar o autor), passei a ter alguma simpatia pelo Super-Homem, uma espécie de afinidade, sei lá.
(E amanhã retorno a PoA: já estou há uma semana com a família...)

Um comentário:

  1. Que engraçado! Justamente ontem, depois de mestrar uma oficina de Moda para pequeninos, uma das meninas disse, olhando para um tubo verde-limão de produto de limpeza:
    - Olha lá! É de kriptonita!
    As outras amiguinhas, da mesma idade, olharam e disseram:
    - Dã! O que é isso?

    O pior é que a próxima geração talvez nem saiba nada sobre seus pontos fracos.

    Beijos,
    Ísis

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